quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Quase uma poesia, uma história de cinema

a vida é um filme! Um filme que a gente assiste, atua e ajuda a escrever.

Como público: estamos sempre torcendo pelo final feliz. Como personagens: estamos sempre atrás do mocinho (ou mocinha). Como escritores: estamos sempre dizendo que aquele personagem não é bom o suficiente para ser o mocinho (ou a mocinha), apagamos, tentamos pensar em alguem melhor para o papel.

Como público: desacreditamos que "na vida real" exista amor como o dos filmes. Como personagens: não imaginamos o que vai acontecer. Como escritores: queremos controlar cada cena para que tudo seja perfeito.

Como público: nos surpreendemos. Como personagens: também, já que os colegas em cena adoram improvisar e fazer diferente daquilo que estava no nosso script. Como escritores: tentamos não decepcionar o público com a história que estamos fazendo.

Como público: nos emocionamos com a cena tão linda que acabou de acontecer. Como personagens: sabemos que a história nunca está no nosso controle, tudo passa, tudo pode mudar. Como escritores: nos orgulhamos de uma decisão bem tomada, uma escolha que deu certo.

Como público: nos irritamos com certos personagens e nos apegamos a outros. Como personagens: beijamos, abraçamos, choramos, brigamos. Como escritores: revisamos o que foi escrito para então melhorar.

Como público: temos o benefício de nunca saber o fim. Como personagens: temos a vantagem de estar VIVENDO essa história que foi escrita exatamente para nós. Como escritores: temos o poder de apagar certas falas, reescrever certos diálogos e refazer certas cenas. Por um ponto final em uma historia, e começar outra...

2 comentários:

Unknown disse...

Little monet, veeeery nice!!

Textinho fofo!

Miss u

bjuuu

/ Mayla Saldanha \ disse...

Perfeito, simplesmente emocionante!